sábado, 29 de agosto de 2009

Multiculturalidade - Cultura Indígena

Pois é...
O vencedor foi o menino vermelho! Que por um voto ultrapassou a menina amarela.
A escolha foi democraticamente feita, por isso há que planear maneiras divertidas das crianças descobrirem mais coisas sobre a cultura indígena, que neste caso eu e a minha colega decidimos que fosse das zonas brasileiras.

Pesquisámos imenso e haviam inúmeras actividades para realizar!! Danças, Músicas (não só descobrir ritmos como instrumentos utilizados), receitas, contrução do vestuários e acessórios, elaboração de cabanas, etc.
Mas só algumas podiam ser realizadas, visto termos somente mais dois dias com o grupo de crianças e por escassez de materiais naquele momento.
Assim planificámos de acordo com as possibilidades.

Foram dias fantasticos!

Vimos videos de índios a falarem entre eles, a dançarem de formas diferentes e observámos o que eles vestiam e os objectos que tinham.

Depois construímos faixas de índios super coloridas! Cada criança tinha uma faixa que podias decorar com papel crepe e/ ou tecido de várias cores e no final poderiam escolher uma ou mais penas para colar na faixa. Eles adoraram e estavam fantásticos com elas!

(Esta foi a que fiz para mim)

Mais tarde ouvimos músicas indígenas, umas mais calmas e outras mais mexidas, e dançámos recriando as danças que observámos anteriormente usando as nossas faixas de índios.

Ainda noutro dia surpreendemos as crianças:
Estagiária -"O que acham que vamos fazer hoje?"
C2 - "As roupas deles!"
C2 - "Os bastões!"
C3 - "Não me digam que vamos fazer uma cabana."
Estagiária - "Hm, talvez..."

E não é que fizemos mesmo?
Construímos uma pequenina cabaninha de índio (cabiam duas crianças lá dentro)!!
Avisámos logo que não íamos fazer iguais às cabanas verdadeiras, pois íamos usar paus de árvores diferentes e um lençol para decorarmos, mas o entusiasmo não desapareceu!
Os três paus colocaram-se em forma de tripé, atados com uma corda bem forte e decorámos um lençol branco com as mãozinhas das crianças e com diversas folhas anteriormente apanhadas pelas crianças na rua.
Colocámos o lençol sobre a estrutura da cabana e voilá! Estávamos prontos para uma festa de índios!!
Pintámos riscas na cara com tinta facial de cor vermelha, colocámos as nossas faixas de índio, uma criança mostrou a sua flauta de canas que prometera trazer de casa e pusémos as músicas indígenas a tocar! Foi uma festa!
As crianças chegaram a fazer rodas, danças com pares, instrumentos improvisados (soprar em canetas de feltro para fazer sons e bater em caixas como tambores) e divertiram-se imenso!

E foi este o nosso último dia com aquele grupo íncrivel de crianças, sem dúvida um grupo fascinante e entusiasmante.

domingo, 23 de agosto de 2009

Multiculturalidade - Votação!

Para conhecermos melhor uma das culturas de que falámos anteriormente e, aproveitando, para reforçar o sentido do Projecto Pedagógico (Cidadania), nada melhor que fazer uma votação democrática para escolher que cultura aprofundar nos próximos dias.





(P.s. - sei que a urna está muito "chunga", mas confesso que foi feita em cima do joelho)

A contagem de votos foi bastante divertida. A educadora ao ajudar-nos teve a ideia de atribuir a cada menino uma cor de lego, e todo o processo de contagem foi fantástico, principalmente porque os legos vermelhos e amarelos estavam mesmo renhidos e foram desempatados pelo último voto!!!
As crianças estavam em altas!
O facto de poderem escolher o seu favorito e aquele suspense todo na contagem de votos, pôs as crianças eufóricas.
O direito à votação democrática é muito importante e ensina valores essenciais às crianças. Recomendo vivamente actividades como esta com os vossos traquinas.

(Muito) Infelizmente não tenho fotos do dia em que aprofundámos a cultura escolhida (as fotos estão fantásticas mas não fiquei com nenhuma) mas prometo contar o que fizemos!

Até lá... querem adivinhar qual dos meninos foi escolhido pelas crianças?? Amarelo ou Vermelho??
Digo-vos no próximo post!!!

sábado, 15 de agosto de 2009

Meninos Iguais A Mim

Gostámos de conhecer as personagens da história Meninos de todas as cores, mas achámos muito interessante pesquisar e conhecer um pouco sobre alguns meninos reais de diferentes cores de pele.
Folheámos dois livros fantásticos que sucintamente falam sobre variadas culturas existentes por este Mundo fora e aprendemos que existem muitos meninos que vivem de forma "estranha" para nós mas que não deles pessoas estranhas pois apenas têm tradições próprias, vestem-se, comem, brincam de forma diferente.

Meninos Iguais A Mim,
de Anabel Kindersley, Barnabas Kindersley
Edição/Reimpressão: 1995
Páginas: 80
Editor: Livraria Civilização Editora
Colecção: Meninos Iguais A Mim

e

Meninos Iguais a Mim - Celebrações,
de Anabel Kindersley, Barnabas Kindersley
Edição/Reimpressão: 1998
Páginas: 64
Editor: Livraria Civilização Editora
Colecção: Meninos Iguais A Mim


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Meninos de todas as cores


Como dito no post anterior, envolvemo-nos no tema da Multiculturalidade pelas razões que já referi, começando por um pequeno e bonito texto de Luísa Ducla Soares.

Como recursos, fantoches muito engraçados que deram vida às palavras contadas.


Meninos de Todas as Cores


Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:

É bom ser branco

Porque é branco o açúcar, tão doce
Porque é branco o leite, tão saboroso
Porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:


É bom ser amarelo
Porque é amarelo o Sol

E\amarelo o girassol
Mais a areia da praia.


O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia:


É bom ser preto

Como a noite
Preto como as azeitonas

Preto como as estradas que nos levam para toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:


É bom ser vermelho

da cor das fogueiras

da cor das cerejas

e da cor do sangue bem encarnado.


O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:


É bom ser castanho

Como a terra do chão

Os troncos das árvores
É tão bom ser castanho como um chocolate.


Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:


É bom ser branco como o açúcar

Amarelo como o Sol
Preto como as estradas
Vermelho como as fogueiras

Castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.


Luísa Ducla Soares


Material de Recurso (Fantoches) :



domingo, 9 de agosto de 2009

Multiculturalidade



Voltando às actividades que apresentei com a minha colega no estágio...


Depois de termos reparado numa folha informativa sobre uma angariação de lápis-de-cor para crianças africana, em que os pais e os seus filhos poderiam participar, achámos óptima ideia abordar a Multiculturalidade com o grupo.

E porquê?
A cidadania é também respeitar o outro idependentemente dos seus traços físicos. É defender e querer criar harmonia entre si e os que estão à sua volta. Para um futuro promissor é urgente educar para uma mentalidade colorida, anti-racista e respeitadora.


"Educar para a multiculturalidade é abrir as portas a uma maior liberdade de escolha a todos os níveis: afectivo, social, profissional, cultural e estético.
(...)

A escola tem um papel fundamental e espera-se que seja capaz de conceber e implementar projectos e actividades, cujos objectivos e conteúdos, proporcionem igualdade de oportunidades para a aprendizagem de todos os alunos, promovendo e valorizando as suas entidades, a diversidade das suas línguas, revelando perspectivas diversificadas do mundo social. A educação multicultural deve ser anti-discriminatória e promover atitudes de cooperação, partilha e respeito por normas de convivência. Deve ser anti-racista, criando um clima de igualdade de oportunidades nas aprendizagens, baseado em atitudes de respeito e consideração pelas diferenças.
Estudos realizados sugerem que as crianças em idade pré-escolar já expressam reacções negativas relativamente a alvos e grupos étnicos. Devemos ajudar as crianças a desenvolver um conhecimento mais informado dos outros povos, tanto no passado como no presente. Este facto está directamente relacionado com as nossas responsabilidades em relação à educação para a cidadania de uma comunidade global independente.

Objectivos gerais:

- Educar as crianças no sentido de respeitar a diferença, promovendo atitudes de partilha e respeito por culturas e costumes diferentes dos nossos;

- Estimular o interesse pelo conhecimento do mundo e pela diversidade característica da espécie humana;

- Proporcionar às crianças diversas perspectivas do mundo que as rodeia;

- Observar e conhecer alguns meios físicos naturais distantes, quanto aos animais, plantas mais características e as formas de uma vida humana que neles se desenvolve;

- Promover actividades e jogos onde todos partilhem conhecimentos, valores, experiências estéticas específicas de cada cultura, de modo a reconhecerem, respeitarem e valorizarem as diferenças culturais;

- Identificar diferentes tipos de habitação, alimentação, vestuário e relacioná-lo com os respectivos povos;

- Experimentar a comunicação com indivíduos de outros países aprendendo e valorizando a riqueza cultural (receitas, canções, festas);

- Abordar outras línguas e a arte, como meio de apreciação de diferentes culturas."

(retirado em http://refugiados.net/a_crianca/multiculturalidade.htm)