quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Doce de Abóbora


Que surpresa! Uma amiga da Ângela ofereceu-nos uma abóbora bem bonita! Já tínhamos visto abóboras, mas cada um de nós pôde tê-la mais de perto e observámos que:

Cr1: É muito fofinha!
Cr2: É dura.
Cr3: macia.
Cr2: tem manchas.
Cr4: E riscas.
Cr2: É cor-de-laranja... e tem sementes!
Cr5: É redonda.
Ângela: E o que podemos fazer com ela?
Cr2: Cortar com uma faquinha e comer.
Cr1: Cortar para fazer desenhos, para ficar assustadora!

Descobrimos que existem muitas receitas em que a abóbora pode ser usada e, arregaçámos as mangas para fazer um delicioso doce de abóbora!

Foi muito engraçado pesar a abóbora. O ponteiro da balança subia ou descia se tirássemos ou puséssemos bocadinhos de abóbora em cima dela.
E o açúcar? hmmm.... que bom!! Provámos um pouco de açúcar amarelo e ficámos com a boca bem docinha!
Sem esquecer os pauzinhos de canela! Cheiram tão bem!
O doce só poderia sair bem delicioso!

Agora é ir ao lume e....Uma horinha depois...


Antes de provarmos o nosso doce, ouvimos uma historia muito engraçada "Corre corre cabacinha, corre corre cabação!" Gostámos tanto dela que quisémos dramatizá-la a seguir.

Voltámos a dar atenção ao nosso doce.
Toda a instituição foi convidada a provar o doce de abóbora que fizemos na nossa sala, e foi um sucesso! Queriam todos repetir, mas só um pouquinho, senão não chegava para os papás e mamãs que nos vieram buscar.


Tínhamos que partilhar este docinho com a nossa família!!


Que dia delicioso! NHAM!!!


P.S. - Tenho a agradecer todo o apoio e carinho da educadora A.P. !

domingo, 1 de novembro de 2009

Workshop - A Educação


Posso dizer que este workshop foi-me muito útil, no sentido em que me fez reflectir sobre as minhas próprias opiniões.

foi de facto interessante sentir-me constantemente provocada a pensar sobre inúmeros assuntos importantes. As oradoras fizeram-me ter consciência do que eu, definitivamente, não quero defender futuramente: o mesmo que elas!

Ficou a frase:


"Dá-me os seis primeiros anos do teu filho e eu dar-te-ei um homem."

Sócrates (469 - 399 a.C.)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Selinho!


O primeiro miminho!

Oferecido por Aprendi no Jardim de Infância

Que bom!!

As regras deste Prémio são:
1º - Exibir a imagem do selo que acabou de ganhar;
2º - Postar o nome do blog que te presenteou;
3º- Indicar 10 blogs de sua preferência; Avisar os indicados e publicar as regras;
4º - Confira se os blogues indicados cumpriram as regras.
E os blogs são:

http://brincosdecereja.blogspot.com/
http://ritanaterradosonhos.blogspot.com/
http://acasinhadarita.blogspot.com/
http://artenacreche.blogspot.com/
http://podagua.blogspot.com/
http://peixinhosnosotao.blogspot.com/
http://magia-de-educar.blogspot.com/
http://cantinhoalternativo.blogspot.com/
http://meuspormenores.blogspot.com/
http://sitiodasara.blogspot.com/

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Novo estágio

Novo ano, novo estágio, nova Instituição, novas experiências, com novas pessoas e novas crianças, novas ideias, tudo de novo!

Como vou ter muito pouco tempo ou nenhum para me dedicar ao blog, vou tentar conciliar as duas coisas, juntar o útil ao agradável e utilizá-lo como ferramenta de apoio aos papás e mamãs que irei conhecer neste estágio.

Espero que seja possível, gostaria muito de conciliar as duas coisas e o mais importante é que poderia haver um contacto constante com as famílias. Primeiro terei de ter autorização e para isso a minha ideia terá de ser bem aceite. Veremos...

Wish me luck :P

sábado, 26 de setembro de 2009

Um Olhar II

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Outono

O ano passado, em estágio de Creche, eu e a minha colega levámos dezenas de folhas caídas para os pequenitos de 2/3 anos explorarem e criarem uma árvore característica do Outono.

A nossa árvores ficou assim:

sábado, 19 de setembro de 2009

Um Olhar I

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Abuso Infantil - Pedofilia



Como abordar o abuso sexual infantil no sistema educativo

Uma assistência adequada às crianças que são vítimas de abuso sexual requer um trabalho interdisciplinar entre a instituição educativa e as instituições legais e de saúde que são responsáveis por dar o apoio necessário.

Uma formação dos professores/educadores na temática do abuso sexual infantil é indispensável para lhes fornecer ferramentas adequadas para:
- reflectir e debater sobre o seu papel relativamente à educação sexual;
- desenvolver estratégias para implementá-la;
- receber recomendações para prevenir o abuso sexual infantil e poder dar assistência a crianças que tenham sido vítimas.

Prevenção
Prevenção primária:
- reconhecimento dos direitos sexuais das crianças (pleno respeito da integridade física do corpo humano; atingir o nível mais elevado possível de saúde sexual e reprodutiva; dispor de informação e serviços necessários; o pleno respeito do carácter confidencial destes.)
- Informação sobre os factores de risco do abuso sexual infantil.

Prevenção secundária:
- detecção precoce - reconhecer sinais e sintomas que este tipo de maus tratos apresenta.
- tratamento adequado - uma vez reconhecido o abuso, proceder com a protecção e o cuidado terapêutico da criança e, eventualmente, o recurso à via penal.

Não é conveniente que o educador aborde este processo sozinho, mas trabalhando dentro da sua instituição e em rede com outros organismos, especialmente os do sistema de saúde e o legal, e com instituições especializadas na protecção da infância.



Aproveito para agradecer a partilha da Aurora, que deixou nos comentários um site para adquirir filmes para a Educação: http://www.flaminia.pt/

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Abuso Infantil - Pedofilia


Factores de risco:
Nos actos de abuso sexual acontece uma tripla assimetria entre o agressor e a sua vítima:
1 - Assimetria de poder - agressor submete e controla a sua vítima (os pólos assimétricos são dados pelos papeis da vítima e do agressor, a idade, a força física e a maior capacidade psicológia deste);
2 - Assimetria do campo do conhecimento - o agressor contém conhecimentos mais amplos sobre as aproximações sexuais e as suas consequências;
3 - Assimetria da gratificação - o abusador procura exclusivamente satisfazer-se sexualmente, ainda que tente excitar a vítima.

Outros factores de risco
- O pouco valor social que as mulheres e meninas têm tornam o sexo feminino mais susceptível de ser abusado sexualmente;
- Vulnerabilidade social das crianças (pobreza, exclusão, promiscuidade, baixo nível de instrução, ausência de pais biológicos, conflitos familiares, entre muitos outros).


MITOS sobre o abuso sexual infantil:
- A família é, por natureza, lugar de protecção;
- Só acontece com meninas;
- Os agressores são doentes psiquiátricos ou "velhos lúbricos";
- Se ocorresse à nossa volta nós perceberíamos;
- Quando a mãe se apercebe denuncia o caso;
- O abuso infantil é pouco frequente;
...






As Consequência como indicadores:
Indicadores psicológicos - pouco específicos ainda que eles estejam ligados a mecanismos de defesa (fuga do lar, tentativas de suicídio, mentiras, auto-agressões, problemas de aprendizagem, condutas delituosas, ...).
Choro fácil por pouco motivo ou nenhum, mudanças bruscas no comportamento escolar, depressão crónica, retraimento, pesadelos e enurese, conhecimento de questões sexuais e condutas desapropriadas para a idade são outros indicadores entre muitos mais.
Indicadores físicos - lesões na zona genital ou anal, sangrando pela vagina, infecções genitais de transmissão sexual, excessivo fluxo vaginal, irritação na zona genital, ...



E nós como educadoras, como deveremos agir ao sermos confrontadas com situações complicadas como estas? Depois falarei de como abordar o abuso sexual infantil no sistema educativo.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Abuso Infantil - Pedofilia


Com a disciplina de Educação para a Saúde deparei-me com o tema da Pedofilia, sobre o qual estudei e realizei um trabalho. Espero ser-vos útil:


Abuso Infantil
Define-se como os contactos e interacções entre uma criança e um adulto, quando o adulto (agressor) usa a criança para se estimular sexualmente a ele próprio, à criança ou a outra pessoa.
A criança, devido à sua pouca idade, imaturidade ou adolescência, não compreende ou dá consentimento, ficando imersa ou dependente de actividades sexuais.

O abuso sexual inclui vários comportamentos físicos:
- penetração digital;
- Exposição desapropriada;
- Carícias;
- Contacto genital oral;
- Obrigar a criança a envolver-se sexualmente com animais;
- Envolver a criança em produções de pornografi;
- Promover a prostituição infantil;
- Obrigar crianças a presencia actividades sexuais;
...

A maioria das vítimas deixam-se suportar nesta situação durante muito tempo até que denunciem ter sido abusada sexualmente. Estas reacções de silêncio e introversão denominam-se Síndrome de Acomodação ao Abuso Sexual Infantil (SAASI).

Categorias da SAASI:

I - Condições Prévias:

1 - Segredo: O agressor prepara a sua vítima através de intimidações, de ameaças e de mecanismos de prémios.
2 - Desprotecção: A criança dócil e retraída é mais vulnerável.



II - Consequências:

3- Recolhimento e acomodação: tentativa da vítima para separar a angústia da situação e poder continuar com as suas actividades habituais.
4- Revelação tardia: Geralmente na adolescência, a revelação é conflituosa e pouco convincente.
5 - Retractação: é importante que a vítima se sinta segura e contida durante a revelação para evitar que se retracte.


(Continua...)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estilos Parentais e consequências

Estilos Parentais

Famílias Autoritárias:
- Pais rígidos e controladores;
- Medidas punitivas e violentas para impôr respeito e autoridade;
- Padrões perfeitos de comportamento;
- Ênfase colocada na presença do comportamento inaceitável da criança;
- Ambiente emocional frio e distante;

Consequências - crianças com irresponsabilidade, submissão, dependência.

Famílias Permissivas:
- Pais fazem poucas exigências aos filhos;
- Tendência para serem a favor da razão e da persuasão nas suas interacções com as crianças;
- Raramente utilizam a força ou o poder para alcançarem os seus objectivos a nível educacional;
- Ambiente aparentemente caloroso, embora marcado com certa indiferença e desinteresse entre os seus membros;

Consequências - crianças com menos responsabilidade, menos orientação, desinteresse.

Famílias Autorizadas:
- Pais com limites e expectativas firmes no que diz respeito ao comportamento dos filhos;
- Oferecem orientação através do uso da razão e das regras;
- Utilizam sensatamente recompensas e punições claramente relacionadas com o comportamento;
- Pais com consciência da sua responsabilidade enquanto figuras de autoridade, mas são sensíveis à necessidade e interesses dos filhos;
- Ambiente geralmente caloroso e de aceitação;

Consequência - crianças com maior auto-confiança, auto-controlo, curiosidade e satisfação, mais capacidade de tomar decisões, mais saúde mental.



PS - Agradecimento à colega que realizou este resumo.

sábado, 5 de setembro de 2009

Um Sorriso I

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Aquisições recentes

Finalmente posso ver-me contente por ter começado uma futura grande biblioteca de livros sobre as crianças e a sua infância. Não sei quando passará a ser grande, mas já não é mau por existir, mesmo que pequena.

Comprei quatro livros, bastante interessantes por sinal. Estou mesmo satisfeita pela compra.

Os primeiros três, fazem parte da colecção Johnson. A colecção consiste em quatro livros: Sono; Alimentação do bebé; Choro e conforto; Amamentação - cujo não achei necessário comprar visto ser mais dirigido às mamãs e porque o que necessito saber já se encontra no livro sobre a alimentação do bebé - e Ser pai. E pelo que sei ainda há uns outros livros da Johnson.
Foram muito baratos (3,15€ cada) e estão recheados de informação de forma sucinta.

Título: Sono
Autor: Katy Holland
Ano: 2004
Páginas: 64
Colecção: Saúde e Carinho
Editora: Dorling Kindersley

Título: Alimentação do bebé
Autor: Eileen Hayes
Ano: 2004
Páginas: 64
Colecção: Saúde e Carinho
Editora: Dorling Kindersley

Título: Choro e conforto
Autor: Eileen Hayes
Ano: 2004
Páginas: 64
Colecção: Saúde e Carinho
Editora: Dorling Kindersley

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O quarto livro foi mais carote, mas valeu a pena. Fácil de compreender e gostoso de ler, este livro explica as diversas fases de desenvolvimento das crianças em primeira e segunda infância (0 aos 6 anos), dando conselhos sobre as actividades mais adequadas às respectivas faixas etárias.
Estou bastante satisfeita com este livro.


Título: Aprender cedo
Autor: Dorothy Einon
Ano: 1998
Páginas: 242
Editora: Editorial Estampa - Lisboa

Aconselho a todos os educadores e ou papás que adoram as suas crianças.
Também agradecia conselhos/dicas/sugestões de livros interessantes sobre crianças e a sua infância.

sábado, 29 de agosto de 2009

Multiculturalidade - Cultura Indígena

Pois é...
O vencedor foi o menino vermelho! Que por um voto ultrapassou a menina amarela.
A escolha foi democraticamente feita, por isso há que planear maneiras divertidas das crianças descobrirem mais coisas sobre a cultura indígena, que neste caso eu e a minha colega decidimos que fosse das zonas brasileiras.

Pesquisámos imenso e haviam inúmeras actividades para realizar!! Danças, Músicas (não só descobrir ritmos como instrumentos utilizados), receitas, contrução do vestuários e acessórios, elaboração de cabanas, etc.
Mas só algumas podiam ser realizadas, visto termos somente mais dois dias com o grupo de crianças e por escassez de materiais naquele momento.
Assim planificámos de acordo com as possibilidades.

Foram dias fantasticos!

Vimos videos de índios a falarem entre eles, a dançarem de formas diferentes e observámos o que eles vestiam e os objectos que tinham.

Depois construímos faixas de índios super coloridas! Cada criança tinha uma faixa que podias decorar com papel crepe e/ ou tecido de várias cores e no final poderiam escolher uma ou mais penas para colar na faixa. Eles adoraram e estavam fantásticos com elas!

(Esta foi a que fiz para mim)

Mais tarde ouvimos músicas indígenas, umas mais calmas e outras mais mexidas, e dançámos recriando as danças que observámos anteriormente usando as nossas faixas de índios.

Ainda noutro dia surpreendemos as crianças:
Estagiária -"O que acham que vamos fazer hoje?"
C2 - "As roupas deles!"
C2 - "Os bastões!"
C3 - "Não me digam que vamos fazer uma cabana."
Estagiária - "Hm, talvez..."

E não é que fizemos mesmo?
Construímos uma pequenina cabaninha de índio (cabiam duas crianças lá dentro)!!
Avisámos logo que não íamos fazer iguais às cabanas verdadeiras, pois íamos usar paus de árvores diferentes e um lençol para decorarmos, mas o entusiasmo não desapareceu!
Os três paus colocaram-se em forma de tripé, atados com uma corda bem forte e decorámos um lençol branco com as mãozinhas das crianças e com diversas folhas anteriormente apanhadas pelas crianças na rua.
Colocámos o lençol sobre a estrutura da cabana e voilá! Estávamos prontos para uma festa de índios!!
Pintámos riscas na cara com tinta facial de cor vermelha, colocámos as nossas faixas de índio, uma criança mostrou a sua flauta de canas que prometera trazer de casa e pusémos as músicas indígenas a tocar! Foi uma festa!
As crianças chegaram a fazer rodas, danças com pares, instrumentos improvisados (soprar em canetas de feltro para fazer sons e bater em caixas como tambores) e divertiram-se imenso!

E foi este o nosso último dia com aquele grupo íncrivel de crianças, sem dúvida um grupo fascinante e entusiasmante.

domingo, 23 de agosto de 2009

Multiculturalidade - Votação!

Para conhecermos melhor uma das culturas de que falámos anteriormente e, aproveitando, para reforçar o sentido do Projecto Pedagógico (Cidadania), nada melhor que fazer uma votação democrática para escolher que cultura aprofundar nos próximos dias.





(P.s. - sei que a urna está muito "chunga", mas confesso que foi feita em cima do joelho)

A contagem de votos foi bastante divertida. A educadora ao ajudar-nos teve a ideia de atribuir a cada menino uma cor de lego, e todo o processo de contagem foi fantástico, principalmente porque os legos vermelhos e amarelos estavam mesmo renhidos e foram desempatados pelo último voto!!!
As crianças estavam em altas!
O facto de poderem escolher o seu favorito e aquele suspense todo na contagem de votos, pôs as crianças eufóricas.
O direito à votação democrática é muito importante e ensina valores essenciais às crianças. Recomendo vivamente actividades como esta com os vossos traquinas.

(Muito) Infelizmente não tenho fotos do dia em que aprofundámos a cultura escolhida (as fotos estão fantásticas mas não fiquei com nenhuma) mas prometo contar o que fizemos!

Até lá... querem adivinhar qual dos meninos foi escolhido pelas crianças?? Amarelo ou Vermelho??
Digo-vos no próximo post!!!

sábado, 15 de agosto de 2009

Meninos Iguais A Mim

Gostámos de conhecer as personagens da história Meninos de todas as cores, mas achámos muito interessante pesquisar e conhecer um pouco sobre alguns meninos reais de diferentes cores de pele.
Folheámos dois livros fantásticos que sucintamente falam sobre variadas culturas existentes por este Mundo fora e aprendemos que existem muitos meninos que vivem de forma "estranha" para nós mas que não deles pessoas estranhas pois apenas têm tradições próprias, vestem-se, comem, brincam de forma diferente.

Meninos Iguais A Mim,
de Anabel Kindersley, Barnabas Kindersley
Edição/Reimpressão: 1995
Páginas: 80
Editor: Livraria Civilização Editora
Colecção: Meninos Iguais A Mim

e

Meninos Iguais a Mim - Celebrações,
de Anabel Kindersley, Barnabas Kindersley
Edição/Reimpressão: 1998
Páginas: 64
Editor: Livraria Civilização Editora
Colecção: Meninos Iguais A Mim


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Meninos de todas as cores


Como dito no post anterior, envolvemo-nos no tema da Multiculturalidade pelas razões que já referi, começando por um pequeno e bonito texto de Luísa Ducla Soares.

Como recursos, fantoches muito engraçados que deram vida às palavras contadas.


Meninos de Todas as Cores


Era uma vez um menino branco chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:

É bom ser branco

Porque é branco o açúcar, tão doce
Porque é branco o leite, tão saboroso
Porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos eram amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:


É bom ser amarelo
Porque é amarelo o Sol

E\amarelo o girassol
Mais a areia da praia.


O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba que, como os outros meninos pretos, dizia:


É bom ser preto

Como a noite
Preto como as azeitonas

Preto como as estradas que nos levam para toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:


É bom ser vermelho

da cor das fogueiras

da cor das cerejas

e da cor do sangue bem encarnado.


O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:


É bom ser castanho

Como a terra do chão

Os troncos das árvores
É tão bom ser castanho como um chocolate.


Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:


É bom ser branco como o açúcar

Amarelo como o Sol
Preto como as estradas
Vermelho como as fogueiras

Castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.


Luísa Ducla Soares


Material de Recurso (Fantoches) :



domingo, 9 de agosto de 2009

Multiculturalidade



Voltando às actividades que apresentei com a minha colega no estágio...


Depois de termos reparado numa folha informativa sobre uma angariação de lápis-de-cor para crianças africana, em que os pais e os seus filhos poderiam participar, achámos óptima ideia abordar a Multiculturalidade com o grupo.

E porquê?
A cidadania é também respeitar o outro idependentemente dos seus traços físicos. É defender e querer criar harmonia entre si e os que estão à sua volta. Para um futuro promissor é urgente educar para uma mentalidade colorida, anti-racista e respeitadora.


"Educar para a multiculturalidade é abrir as portas a uma maior liberdade de escolha a todos os níveis: afectivo, social, profissional, cultural e estético.
(...)

A escola tem um papel fundamental e espera-se que seja capaz de conceber e implementar projectos e actividades, cujos objectivos e conteúdos, proporcionem igualdade de oportunidades para a aprendizagem de todos os alunos, promovendo e valorizando as suas entidades, a diversidade das suas línguas, revelando perspectivas diversificadas do mundo social. A educação multicultural deve ser anti-discriminatória e promover atitudes de cooperação, partilha e respeito por normas de convivência. Deve ser anti-racista, criando um clima de igualdade de oportunidades nas aprendizagens, baseado em atitudes de respeito e consideração pelas diferenças.
Estudos realizados sugerem que as crianças em idade pré-escolar já expressam reacções negativas relativamente a alvos e grupos étnicos. Devemos ajudar as crianças a desenvolver um conhecimento mais informado dos outros povos, tanto no passado como no presente. Este facto está directamente relacionado com as nossas responsabilidades em relação à educação para a cidadania de uma comunidade global independente.

Objectivos gerais:

- Educar as crianças no sentido de respeitar a diferença, promovendo atitudes de partilha e respeito por culturas e costumes diferentes dos nossos;

- Estimular o interesse pelo conhecimento do mundo e pela diversidade característica da espécie humana;

- Proporcionar às crianças diversas perspectivas do mundo que as rodeia;

- Observar e conhecer alguns meios físicos naturais distantes, quanto aos animais, plantas mais características e as formas de uma vida humana que neles se desenvolve;

- Promover actividades e jogos onde todos partilhem conhecimentos, valores, experiências estéticas específicas de cada cultura, de modo a reconhecerem, respeitarem e valorizarem as diferenças culturais;

- Identificar diferentes tipos de habitação, alimentação, vestuário e relacioná-lo com os respectivos povos;

- Experimentar a comunicação com indivíduos de outros países aprendendo e valorizando a riqueza cultural (receitas, canções, festas);

- Abordar outras línguas e a arte, como meio de apreciação de diferentes culturas."

(retirado em http://refugiados.net/a_crianca/multiculturalidade.htm)


sábado, 18 de julho de 2009

Religião dos novinhos


O A.F. estava entretido a colocar pauzinhos de fósforos na plasticina:


A.F. (4 anos) - Isto é o Jesus, quando ele foi preso. [pausa] Foi...Foi o diabo que lho meteu lá.

R.S. (6 anos) - Foi nada. Foram os homens maus. ... E o Jesus não usou os seus poderes para sair porque levou com o chicote.

[Pausa]

A.F. - O diabo existe?

R.S. - Sim, mas muito longe.

A.F. - Não existe não.

R.S. - A avó C. sabe onde ele está.

A.F. - Onde?

R.S. - Na floresta negra, debaixo do chão.

A.F. - Mas eu já fui debaixo do chão e não o vi lá!

R.S. - Ele tem um esconderijo! Mas não vás lá sem saberes a palavra de Deus porque ele é mau.

A.F. - Qual é a palavra de Deus?

R.S. - Não te vou dizer, tens de adivinhar. Ele disse-me para não dizer a ninguém, principalmente a ti. [Pausa] (surdina) Disse-me num sonho. Foi lá.




Tive a sorte de conseguir apanhar esta conversa. Achei muito interessante o R.S. levar tão a peito o que o A.F. lhe dizia. O menino ficou mesmo sério e zangadito por estar a ser confrontado.
Dá que pensar nas coisas disparatadas que os meninos podem ouvir dos adultos.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Carinhos dos novinhos



G. - A Angewa é só minha!

L. - Não! é da
Nana, é da Nana, não é?!

A.F.
- Não! és só minha não és Angela?


Eu
- Sou de vocês todos. Partilhem-me.



(Há melhor?)


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Namoros dos novinhos

A falarem da namorada do A.F.:

R.S. - Sabes, ela pode ter outro namorado. Mas tu vais ter com o outro namorado dela e dizes "Oh palhaço, não te metes com a minha namorada".

sábado, 11 de julho de 2009

Job de Verão - balanço da primeira semana

(foto da net, não é da minha autoria)


Só vai em uma semaninha e já me peguei tanto aos meninos do infantário do IPL!
Estou a adorar! Sao uns doces! Muito traquinas... mas tão doces.
O balanço só pode ser mais que positivo.


Logo no primeiro dia o A.F. (Jardim) captou a atenção ao ser o único a implicar com o meu nome: "Ângela?? Que nome estranhooo! Mas nasceste onde? És um extraterrestre?" Esse menino mostrou-se ser muito rebelde mas muito inteligente e doce quando quer. Vive na fantasia, os jogos dramáticos que observei dele envolveram ou ele ser super-herói, ou aliens, ou naves espaciais, ou super-poderes, coisas assim. Uma coisa é certa, não se cansa o rapaz. Não pára! Fico cansada só de ver tanta energia! (o que é bom sinal para ele).

O T.B. (Creche) é um fã de camiões, carrinhas, carros, etc. Nem sei contar as vezes que me pediu para o pegar ao colo para conseguir ver através do arame os camiões carregados de terra que passavam por ali. Acho que já sabe as rotinas dos camiões e avisa-me quando os vê. Engraçadíssimo o menino. Adivinham o brinquedo favorito dele? O triciclo claro.

A D. quer ser "cabeleireira, massagista e manicure", confirma a própria. E digo-vos, com um "carrapito" tão direitinho que ela me fez (e o meu cabelo chega-me pelo meio das costas) começo a acreditar que ela tem um dom para isso.
A rapariga adora escrever. Pede para escrevermos o nosso nome, o nome do nosso pai, da nossa mãe... inúmeros nomes, só para os poder copiar. Ainda não percebi se conhece as letras, mas que adora escrever várias palavras, isso sim. O mesmo com os números.

Só conheci o R.S. no final da semana, mas fiquei imediatamente "perdida" pelo rapaz. Já com os seus seis aninhos, denota-se bem a atitude de ser o mais velhinho do grupo. Muito calmo, pouco rebelde, muito simpático e inteligente. Adoro ouvi-lo falar! É tão cativante, não só por já construir as frases correctamente e com sentido mas porque tem pronúncia engraçadíssima. É mesmo muito bom ouvi-lo.


Bem, não me posso entreter a falar de todos os meninos daquele infantário.
Mas tenho a dizer que só nesta semana aprendi imenso. Trabalhei com os meninos de Creche e Jardim-de-Infância e para meu encanto, também no Berçário! Hei-de falar dos meninos de Berçário também, mas não agora. Digo desde já que estou apaixonada por aqueles bebés todos! E nem fraldinhas mal-cheirosas me tiram o sorriso ao olhá-los.


sábado, 4 de julho de 2009

Educação Rodoviária (continuação)

Pois é...
Depois fizemos um pequeno passeio pela zona para pôr em prática o que estivemos a conversar.

O passeio correu bastante bem!
Os meninos adoraram a "caça" aos sinais!

A meio do caminho passámos pelos taxistas. A fazer? À sombrinha a descansar claro, que mais?
Um deles vira-se e diz-me: "É preciso muita paciência para aturar isto." (risos)
O que me deu vontade de responder foi: "Eu preciso de muito mais paciência para aturar homens feitos como o senhor do que estas crianças todas."
O que respondi? ... hmm, nada... estagiária porta-se bem!!!

O passeio acabava no Parque infantil. Foi uma festa!!
Mas antes de ir brincar tomámos notas das regras que cumprimos, dos sinais que vimos e de sinais "novos" que descobrimos.
Cada menino levou um lápis e a sua folha sobre uma placa de cartão, segurada por uma mola. Verdadeiros descobridores.

A folha que se segue era para as crianças de 5 anos. As de 4 tinham só os dois primeiros exercícios e os de 3 anos só o primeiro:



sábado, 27 de junho de 2009

Cidadania - Segurança Rodoviária




Depois de termos incentivado as crianças a expôr as as suas vivências e experiências, usámos a "caixinha semáforo" que fiz, para colocar várias imagens de sinais de trânsito e de regras de segurança na rua e no carro, para podermos conversar e conhecer o que as crianças já sabiam sobre o mesmo.



Ao conversar sobre este assunto eu e a minha colega apercebemo-nos que os meninos já tinham muito para nos dizer.
São muito inteligentes e já sabem imenso sobre os cuidados que devem ter ao passear na rua e enquanto vão com os papás no carro. Até já sabem dizer o significado de alguns sinais de trânsito que vêem na estrada.

Descobrimos que os sinais de trânsito informam-nos de muitas coisas. Até aprendemos que estes sinais se dividem em quatro grupos principais:



Mas mais importante ainda foi descobrir que é indispensável que existam regras de segurança ao andar na rua e no carro com os papás. Já sabiámos algumas, mas conhecemos muitas mais.

Aqui vos deixo o PowerPoint que elaborei para realizarmos com as crianças. As perguntas estão dividas pelo grupo etário, e acabámos por constatar que os meninos de três anos tiveram um pouco de dificuldade apesar de terem conseguido responder e os de cinco anos responderam com uma facilidade estonteante (apesar de ter tentado fazer perguntas relativamente dificeis para eles).

(clique aqui)


P.S. - Opinões e Sugetões para outras estratégias para as propostas que apresento são mais que bem-vindas nos Comentários.

domingo, 21 de junho de 2009

Molduras coloridas - Amizade (continuação)



Os desenhos que as crianças fizeram dos amigos ficaram autênticas obras de arte, e por serem tão especiais mereciam ser embelezados com uma moldura colorida e origial.
Como os desenhos foram em folhas A4, nada mais simples e prático que criar os limites numa folha A3 para as crianças decorarem livremente. Havia papel crepe de diferentes cores, massinhas, algodão colorido, botões, corações, lã... as molduras só podiam ficar fabulosas.

Esta actividade revelou diferentes características das crianças. Independentemente da idade, distinguiram-se crianças mais perfeccionistas, outras mais apressadas, mais organizadas ou mais simples, etc.

À tarde contámos uma história relativa à amizade. Vários animais amigos do pequeno ouriço fizeram uma carapaça para ele ser abraçado por eles. Uma história bonita, que terminou com a visita inesperada do Ouriço Lourenço, que se quis apresentar e abraçar todos os meninos.
No início estavam com um pouco de receio, mas depois confirmaram que a carapaça do Lourenço era macia e que era bom abraçá-lo.

Tenho a dizer que adoro contar histórias e adorei este momento. Senti que o meu entusiasmo passou para as crianças e que foi muito importante para nos envolvermos mais com elas. O contar da história é um momento afectivo, em que as crianças sentem que damos um pouco do nosso tempo e da nossa atenção a elas.

No final, todos os meninos mostraram as suas molduras e desenhos (já no placard) à personagem Lourenço de forma que não estava à espera. Foi uma festa e deliraram mostrar as suas molduras. (é gratificante sentir tanta alegria).



Nota: Acabámos por exagerar na quantidade de materiais para as crianças de três anos colarem, pois com esta idade as crianças ainda não organizam muito bem as suas ideias, querendo utilizar de tudo de qualquer maneira.

P.S.- Agradecimento à fantástica educadora S.C. pelas fotos que tirou e ofereceu.

Caixa Tubular


A caixa tubular serviu para colocar o Tux que fiz...

Não é a típica caixa rectangular, mas igualmente fácil de fazer.





Foi este o molde que usei :